Monográficas III - Iracema Arditi
A série de exposições Monográficas chega à terceira edição na Galeria de Arte
André dedicando o seu foco à produção multicolorida, imaginativa e fecunda de
Iracema Arditi (1924-2006), uma das mais importantes personagens no campo das
artes na década de 60. A exposição, terceira da artista na galeria, expõe vinte e quatro
pinturas, produzidas na década de 1980 além de documentos pessoais da trajetória da
artista. "É uma oportunidade para o público redescobrir a produção dessa grande
pintora naïf, em um momento em que essa arte se torna novamente valorizada” salienta
Taisa Palhares, que assina o texto crítico da exposição. As telas da artista são
trabalhadas delicadamente como verdadeiras joias com cores e texturas brilhantes que
revelam o olhar de quem soube apreciar os grandes coloristas modernos, como Vincent
Van Gogh. A arte naïf mostra justamente uma naturalidade que foge à regras e
perpetua o estilo próprio da artista. As mostras anteriores do programa foram de Carlos
Scliar (1920-2001) e Enrico Bianco (1918-2013). A organização é de Mario Gioia, crítico
de arte e curador independente.
Amante da arte popular, começou a pintar de forma autodidata em 1951,
após exercer diversas profissões.
Recado do Céu, 1989
"Europa me pareció aquel día/ cansada en su belleza/
Hasta que por la calle Bonaparte/
Me asalto la pintura de Iracema/Fué como presenciar/
Los primeros amores de la tierra”
Iracema Arditi foi uma pintora, colecionadora e grande incentivadora da arte naïf
brasileira. Amante da arte popular, começou a pintar de forma autodidata em 1951,
após exercer diversas profissões. Com exposições na França, Suíça, Itália, Bélgica,
além do Brasil, suas pinturas chamaram a atenção de poetas e escritores como Jorge
Amado, Murilo Mendes, Pablo Neruda, entre outros. Em 1972, Iracema funda o Museu
do Sol, em São Paulo, com trezentas obras de diversos artistas de sua própria coleção.
Primeiro museu brasileiro dedicado ao colecionismo de arte naïf, O Museu do Sol foi
transferido, em 1978, para um prédio histórico da cidade de Penápolis, no interior do
Estado de São Paulo, onde permanece em funcionamento até hoje.
"Porque também é poesia a pintura de Iracema onde por vezes flores, borboletas,
aves e crianças se fundem feericamente numa transfusão de planos e cores como não
se houvessem limites para a invenção, para o sonho da artista.”
Jorge Amado (1912-2001), escritor, 1974
"Europa me pareció aquel día/ cansada en su belleza/ Hasta que por la calle Bonaparte/
Me asalto la pintura de Iracema/ Fué como presenciar/ Los primeros amores de la
tierra”
Pablo Neruda (1904-1973), poeta, 1965
Catalogo da exposição - Iracema Arditi - Monográficas 3
Serviço:
Galeria de Arte André
Iracema
Oraganizador: Mario Gioia
de 1 de junho a 26 de junho
R. Estados Unidos, 2280, São Paulo, SP 01427 002
*A Galeria segue todos os protocolos de segurança devido à COVID19.
Segunda a sexta 9h às 19h, sábados 10h às 14h
Fotos
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