Scliar Monográficas 1
A escolha da obra de Carlos Scliar (1920-2001) como o principal eixo para o início de um projeto gera diversas explicações, mas algumas não devem escapar. Para a Galeria de Arte André, já em seu 61º ano, dispor e exibir um sólido corpo de trabalhos do artista gaúcho não é apenas um tributo a um nome hoje eclipsado, mas certamente torna-se um elogio ao humanismo e à persistência de um labor contínuo, desenvolvido por meio de camadas de tempos próprios e visualidades particulares na lida de ateliê. Tais características resultaram em uma sedimentada produção, com trabalhos enfrentados com variados procedimentos, abordagens e processos, mas que podem ser vistos sob uma perspectiva de questionamentos e investigações comuns. No caso deste début do programa Monográficas, sobressaem a vitalidade da colagem, a mobilidade do gênero natureza-morta, a silenciosa opacidade das urbes em construção e as pulsantes relações plástico-visuais, em especial de cor e forma.
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