Abstração em fricção
A Galeria de Arte André abre, no dia 21 de junho, a exposição Abstração em fricção, com curadoria de Mario Gioia. Com 28 artistas e cerca de 50 obras, a exposição traz obras de diferentes conceitos, gerações, escalas e proposições da abstração no Brasil.
Vicente Kutka - 2006
Entre os artistas estão Arcangelo Ianelli, Bruno Giorgi, Diana Motta, Eduardo Sued, Emanoel Araujo, Kika Goldstein, Julia Pereira e Gabriel Nehemy, entre outros. A própria Galeria de Arte André já expôs em suas salas algumas produções desses artistas. “É notável na trajetória da galeria a estreita aproximação com nipo-brasileiros, como Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, Kenji Fukuda, Kazuo Wakabayashi e Yutaka Toyota, entre outros”, afirma o curador Mario Gioia.
Tikashi Fukushima - 1989
Em 1977, Manabu Mabe, por exemplo, teve uma individual na galeria registrada num pequeno catálogo, material que, à época, era pouco usual no circuito das artes, assinado por Pietro Maria Bardi. Tikashi Fukushima também apresentou uma individual na galeria, em 1985, com texto assinado por Ivo Zanini. Outros artistas que também têm uma produção profícua na abstração e que já tiveram mostras na galeria são Álvaro Franklin e Walmir Teixeira, além de Cássio Lázaro, com exposição recente intitulada Segmentos, de 2019.
A pintura é o suporte predominante das obras. Mas há também esculturas, por exemplo, como as do polonês Frans Krajcberg, cuja obra apresentada na mostra esteve na 7ª Bienal de SP, em 1963. Ainda se destaca a obra de Irmgard Longman, com uma “pouco estudada cepa expressionista da visualidade brasileira, pinturas de grande lirismo são colocadas à luz novamente e comprovam a pertinência de sua obra”, finaliza o curador.
Frans Krajcberg - 1963
Mario Gioia
Curador independente e crítico de arte, é graduado pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo). Foi crítico convidado de 2013 a 2015 do Programa de Exposições do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e fez, na mesma instituição, parte do grupo de críticos do Programa de Fotografia 2012. Em 2015, no CCSP, fez a curadoria de Ter Lugar para Ser, coletiva com 12 artistas sobre as relações entre arquitetura e artes visuais.
Integrou o grupo de críticos do Paço das Artes desde 2011, instituição na qual fez o acompanhamento crítico de Luz Vermelha (2015), de Fabio Flaks, Black Market (2012), de Paulo Almeida, e A Riscar (2011), de Daniela Seixas. Em 2019, iniciou o projeto Perímetros no Adelina Instituto, em SP, dedicado a artistas ainda sem mostras individuais na cidade, que contou com exposições de João Trevisan (DF), Lara Viana (BA), Claudia Hamerski (RS), Dirnei Prates (RS) e Larissa Camnev (Campinas, SP). Na feira ArtLima 2017 (Peru), assinou a curadoria da seção especial CAP Brasil, intitulada Sul-Sur, e fez o texto crítico de Territórios forjados (Sketch Galería, 2016), em Bogotá (Colômbia).
Em 2018, assinou a seção curatorial dedicada ao Brasil na feira Pinta (Miami, EUA). É colaborador de periódicos de artes como Arte al Día. Na Galeria de Arte André, fez as curadorias de Carlos Scliar – Monográficas 1 (2020), André, 60 – Da Academia ao virtual (2019), Entre Artes e Ofícios, Centros e Arrabaldes (2019) e Cotidiano (2012).
Cássio Lázaro, Chama - 2022
A abertura da exposição Abstração em fricção com curadoria de Mario Gioia será no dia 21 de junho, terça-feira, às 19h e ficará disponivel até 23 de julho de 2022.
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Horário de funcionamento:
De segunda a sexta, das 9h às 19h / Sábados das 10h às 14h
Rua Estados Unidos, 2.280
Jardim Paulistano, 01427-002 – São Paulo – SP
(11) 3081-9697 / 3081-3972 / 3063-0427
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