Nas paredes e átrios da Esplanada

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Os Orixás, de Djanira da Motta e Silva

 

O ideário modernista tem entre seus conceitos a integração entre as artes. Inaugurada em 1960, Brasília foi concebida como a nova capital do país tendo suas edificações nobres, como os palácios vinculados ao Poder Executivo, marcada por obras de arte pontuando fortemente suas dependências.

 

A Justiça, de Alfredo Ceschiatti (1918-1989) - (STF/Divulgação)

Nomeada como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1987 em razão do projeto de arquitetura e urbanismo, apresenta diversos monumentos a céu aberto. Entre as principais obras públicas, podem ser citadas a escultura A Justiça, de Alfredo Ceschiatti (1918-1989), em frente ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), e Os Guerreiros, de Bruno Giorgi (1905-1993), datada de 1959 e também conhecida como Os Candangos, encravada na praça dos Três Poderes.

 

Dentro das variadas edificações da Esplanada existe um universo, em sua maioria escondido, de pinturas, esculturas, gravuras e mobiliário de grandes artistas e autores, não apenas brasileiros.

 

As Mulatas, Di Cavalcanti (1897-1976)

Destro dos seus prédios, espalhados nos saguões, halls e salas ficam expostas obras importantes como o painel As Mulatas, de Di Cavalcanti (1897-1976) e uma tela de 14 m x 4,8 m de Roberto Burle Marx (1909-1994) produzida em 1972 especialmente para o salão oeste do Palácio do Planalto. Trabalhos como esse podem ser vistos constantemente ao fundo de fotografias e filmagens registrados durante as agendas públicas do presidente, ministros e outros políticos.

 

Painel de Roberto Burle Marx no Salão Oeste do Palácio do Planalto 

Entretanto, dentro das variadas edificações da Esplanada existe um universo, em sua maioria escondido, de pinturas, esculturas, gravuras e mobiliário de grandes artistas e autores, não apenas brasileiros. Muitas dessas obras ficaram esquecidas durante anos nos porões, depósitos e acervos de diversas ordens. No Palácio do Planalto, até 2009, não havia um inventário de todo o acervo. Aos poucos, foram sendo redescobertos peças de nomes como Djanira (1914-1979), Frans Krajcberg (1921-2017), Sérgio Rodrigues (1927-2014) e Norberto Nicola (1931-2007).

O acervo dos palácios e prédios foi formado em sua maioria por doações, presentes e espólios. Em alguns casos, as obras vieram por meio de concursos e editais em que os premiados foram adquiridos por ministérios como o das Relações Exteriores (Itamaraty).

Fontes:

https://ultimaparada.wordpress.com/2013/03/20/as-joias-dos-palacios-do-planalto-e-do-itamaraty/

https://www.ifch.unicamp.br/eha/atas/2017/Breno%20Marques%20Ribeiro%20de%20Faria.pdf

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2017/03/12/interna_diversao_arte,579773/levantamento-da-unb-revela-conjunto-de-350-obras-nos-gabinetes-do-itam.shtml

https://agenciabrasilia.df.gov.br/2019/09/05/bruno-giorgi-e-suas-esculturas-ajudam-a-contar-a-historia-de-brasilia/

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