A modernidade das artes aplicadas em Pennacchi e outros mestres

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O MAC-USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) apresenta desde o último dia 21 a exposição coletiva Projetos para um cotidiano moderno no Brasil: 1920-1960, com cerca de 120 obras que trazem experiências visuais para além de pinturas e esculturas de grandes nomes do modernismo brasileiro. Há variadas obras, de ilustrações e cartazes, projetos de murais a desenhos de cenários e figurinos, entre outros itens. São assinadas por nomes como Fulvio Pennacchi (1905-1992), Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), Di Cavalcanti (1897-1976), Mario Zanini (1907-1971) e Antonio Gomide (1895-1967), entre outros.

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Di Cavalcanti - Projeto do Painel do Teatro João Caetano, 1929

"Interessa-nos compreender a importância deste conjunto para o entendimento de uma experiência ampliada de modernidade"

"A mostra propõe diferentes ângulos de observação para obras e artistas já conhecidos e estudados pela historiografia do modernismo brasileiro. Interessa-nos compreender a importância deste conjunto para o entendimento de uma experiência ampliada de modernidade", destacam as curadoras Ana Magalhães e Patrícia Freitas, que lideram o grupo de pesquisa Narrativas da Arte do Século 20, constituído por outros oito estudantes uspianos e responsável por tal recorte.

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Fulvio Pennacchi - História da Imprensa. Estudos para o Mural da Gazeta. 1938

Indubitavelmente, uma das figuras principais da exposição é Pennacchi, com diversas manifestações em meios distintos que reforçam o caráter multifacetado da sua produção. O egresso do grupo Santa Helena tem no conjunto de óleos sobre cartão que serviram de esboço para o mural História da Imprensa, para A Gazeta (em edifício situado no Centro de São Paulo e realizado em 1938), um conjunto paradigmático dentro dessa modernidade percebida pela curadoria.

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Regina GrazMulher com galgo, c. 1930

"Também se observa nesse período um número significativo de murais inseridos em ambientes privados, tais como cafés, bancos, clubes esportivos, cinemas e residências", salienta Freitas. "Esses murais tomavam como base uma ideia alargada de modernismo, adaptada ao gosto e aos ideais de qualidade e beleza vindos das classes burguesas paulistas."

Dos outros grandes nomes da exposição, também devem ser lembrados Di, com o importante projeto do mural do teatro João Caetano, executado no Rio de Janeiro, de 1929, e a charge Dança do Capital com a Morte, de 1950; os guaches sobre cartolina de autoria de Flávio de Carvalho (1899-1973) para o balé A Cangaceira, de 1953, e as tapeçarias de Regina Gomide Graz (1897-1973), como Diana Caçadora, de 1930. 

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Flávio de Carvalho - A Cangaceira, 1953

 

Sem Título

Sem Título

Obra figurativa com procissão de mulheres, predominância em tons ocre, marrom [...]

Carnaval

Carnaval

Obra figurativa com duas mulheres e predominância em vermelho [...]

Família

Família

Família, predominância em branco [...]

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