Pancetti, para além das marinhas

Giuseppe Gianinni Pancetti (1902-1958) ou José Pancetti, como ficou mais conhecido, é célebre pela produção de marinhas, porção muito particular de tal enfoque na história da arte brasileira. Mas não se pode restringir o corpus de obra do artista ítalo-brasileiro a apenas isso. Seus óleos também são hábeis em naturezas-mortas, retratos, paisagens e pinturas sacras, entre outros.

 

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Giuseppe Gianinni Pancetti - s.d.

 

Pancetti sempre valorizou sua origem popular. Desde a adolescência, já trabalhava e, por isso, ficou longe do pai, no Brasil, e passou por diversas funções ao morar na Itália. Marceneiro e operário de fábricas de bicicleta e de material bélico, ao retornar ao país natal não deixa também de trabalhar em variados ofícios – faxineiro, ourives, trabalhador em redes de esgoto. A Marinha irá sedimentar seus labores, fato que influenciará, obviamente, a produção artística posterior.

Sem educação continuada, o Núcleo Bernardelli será o ponto de inflexão na obra, com influência de mestres como Manoel Santiago (1897-1987) e, em especial, o polonês Bruno Lechowski (1887-1941). Morou em várias cidades de praia e Salvador pode ter sido a mais decisiva.

“Não me diga, porém, que Pancetti tenha sido apenas um pintor de marinhas. O mar ensinou ver as cores, captar a luz, despojar-se de tudo quanto fosse supérfluo. Ver o essencial para transmitir uma lição perene de beleza, e este pintor solitário da história das artes plásticas brasileiras assim aprendeu e assim transmitiu. Mas sabia ancorar fora das águas do mar, em terra sólida. Onde havia solidão, onde havia serena tristeza, onde havia pureza e bondade, nos campos, nas cidades, nas praias e no coração dos homens, estava ele, como grande polarizador”, escreve o poeta, jornalista e colecionador baiano Odorico Tavares (1912-1980), em texto datado de 1965.

 

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Retrato de Pancetti, Milton da Costa - 1937

 

A Galeria de Arte André possui no acervo uma tela de pequena escala que revela toda a habilidade técnica do pintor ao registrar a natureza.

Giuseppe Gianinni Pancetti (1902-1958) ou José Pancetti, como ficou mais conhecido, é célebre pela produção de marinhas, porção muito particular de tal enfoque na história da arte brasileira. Mas não se pode restringir o corpus de obra do artista ítalo-brasileiro a apenas isso. Seus óleos também são hábeis em naturezas-mortas, retratos, paisagens e pinturas sacras, entre outros.

Pancetti sempre valorizou sua origem popular. Desde a adolescência, já trabalhava e, por isso, ficou longe do pai, no Brasil, e passou por diversas funções ao morar na Itália. Marceneiro e operário de fábricas de bicicleta e de material bélico, ao retornar ao país natal não deixa também de trabalhar em variados ofícios – faxineiro, ourives, trabalhador em redes de esgoto. A Marinha irá sedimentar seus labores, fato que influenciará, obviamente, a produção artística posterior.

Sem educação continuada, o Núcleo Bernardelli será o ponto de inflexão na obra, com influência de mestres como Manoel Santiago (1897-1987) e, em especial, o polonês Bruno Lechowski (1887-1941). Morou em várias cidades de praia e Salvador pode ter sido a mais decisiva.

“Não me diga, porém, que Pancetti tenha sido apenas um pintor de marinhas. O mar ensinou ver as cores, captar a luz, despojar-se de tudo quanto fosse supérfluo. Ver o essencial para transmitir uma lição perene de beleza, e este pintor solitário da história das artes plásticas brasileiras assim aprendeu e assim transmitiu. Mas sabia ancorar fora das águas do mar, em terra sólida. Onde havia solidão, onde havia serena tristeza, onde havia pureza e bondade, nos campos, nas cidades, nas praias e no coração dos homens, estava ele, como grande polarizador”, escreve o poeta, jornalista e colecionador baiano Odorico Tavares (1912-1980), em texto datado de 1965.

A Galeria de Arte André possui no acervo uma tela de pequena escala que revela toda a habilidade técnica do pintor ao registrar a natureza.

 

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Sem título, José Pancetti - s.d.

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Galeria de Arte André
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