Lirismo despojado de Inos Corradin ganha retrospectiva na André
Publicado em:
Lirismo despojado de Inos Corradin ganha retrospectiva na André
A obra de Inos Corradin vai ganhar mais uma vez as salas expositivas da Galeria de Arte André a partir de agosto, quando o artista ítalo-brasileiro terá uma exposição de grande monta no espaço. Com a exibição de pinturas, esculturas, gravuras e desenhos, além de variada documentação, a mostra servirá de retrospectiva da volumosa produção do artista, nascido em 1929 em Vogogna, próximo de Pádua, na Itália, e que se radicou no Brasil em 1950, morando nos Estados de São Paulo e da Bahia.
Inos Corradin, Ondas e Nuvens - Déc.90
Anteriormente, Inos já estrelou oito individuais na André, atestando a longa parceria com a galeria. O atual recorte tem texto e curadoria de Maria Alice Milliet e Octávio Guastini. Entre as novidades, está uma série de tridimensionais recentes, além de pinturas e gravuras anteriormente apresentadas apenas no exterior. Capas originais de livros também serão mostradas, além de numeroso material iconográfico.
“A pintura de Inos Corradin é uma dádiva, feita de infância e de magia, com uma luz e uma sombra que nos envolvem e nos fazem sonhar. São telas diante das quais ficamos com vontade de nos deter, presos à beleza obtida pelo conhecimento e pela experiência de vida”, escreve Jorge Amado (1912-2001) em catálogo de individual na André do ano de 1982. “As matérias misteriosas com que o pintor cria o mundo real e mágico nos envolvem e enleiam, nos fascinam.” Além de Jorge Amado, outros grandes nomes da cultura brasileira já escreveram para as mostras de Inos na galeria, como Carybé (1911-1997), Walmir Ayala (1933-1991) e Wilson Rocha (1921-2005).
Inos Corradin, Flores - Déc.90
Entre as experiências singulares na trajetória do artista, está sua atuação como cenógrafo, quando, por exemplo, fez parte da equipe da área para o Balé do Quarto Centenário de SP, em 1954. Três anos depois, segue para Ibiúna, interior paulista, onde aprende o ofício da pintura sobre madeira com artesãos locais. Em 2007, realiza a tela Tributo à Serra do Japi, cuja versão de 1,80 m x 9 m foi instalada na rodoviária de Jundiaí. Na cidade, tem grandes obras públicas, como O Equilibrista e Bolas Coloridas.
Acesse o catálogo virtual aqui!
Fotos
Compartilhe