Milionário queima obra de Frida para converter em NFTs
Publicado em:
O colecionador e comerciante de NFTs Martin Mobarak queimou um desenho de Frida Kahlo, datado entre 1944 e 1954 e que fazia parte de um diário da artista mexicana, no final de julho. A destruição provocaria uma emissão de 10 mil peças em NFTs, cujas vendas seriam revertidas para instituições filantrópicas e culturais, incluindo a Casa Museu Frida Kahlo. A notícia foi confirmada no final de setembro por diversos veículos do país norte-americano, como a versão local do jornal El País.
Obra "Fantasmones siniestros", de Frida Kahlo sendo incendiada
(imagem: https://elpais.com/mexico/2022-09-26/un-millonario-quema-un-dibujo-de-frida-kahlo-para-digitalizarlo-y-venderlo-como-nft.html)
O desenho Fantasmones Siniestros foi comprado da galeria Mary Anne Martin, de Nova York, em 2015. Mobarak, em seu perfil do LinkedIn, se intitula “visionário”, “crypto expert” e “alquimistas das artes”, entre outras qualificações. No YouTube, sua atuação como CEO do Frida.nft é registrada justamente à frente da polêmica destruição da obra. Tal expediente é descrito no vídeo como “[A obra foi] permanentemente transitada para o Metaverso em 30 de julho de 2022”.
"Fantasmones siniestros" (obra de Frida Kahlo) antes de ser incendiada
(imagem: https://elpais.com/mexico/2022-09-26/un-millonario-quema-un-dibujo-de-frida-kahlo-para-digitalizarlo-y-venderlo-como-nft.html)
De acordo com o texto de Rodrigo Soriano no El País: “O milionário admite que a queima do desenho é uma parte ‘forte’ e que pode ser ‘mal interpretada’, mas que, para ele, é um processo para levar a artista a uma ‘imortalização’ ”. Autoridades mexicanas ligadas ao patrimônio nacional e fontes policiais dizem que a ação é investigada e que o empresário pode ser indiciado, já que a destruição de uma obra de arte feita por um dos maiores nomes das artes do país pode ser considerada um crime.
Fontes:
https://www.youtube.com/watch?v=_M23F73G0Jc
Fotos
Compartilhe