Monográficas 4 – Armando Sendin
A Galeria de Arte André abre, no dia 30 de agosto de 2022, terça-feira, a exposição Monográficas 4 – Armando Sendin, com cerca de 50 obras do artista carioca. Entre as obras estão pinturas, desenhos, tridimensionais e itens de documentação, como esboços, sketches de obras públicas, cartazes de exposições, catálogos e livros. A organização e texto são de Mario Gioia.
Armando Sendin, Beau Bourg IV - 1985
“Armando Sendin é um espírito inquieto, de produção multiforme, dividido entre Brasil e Europa e conectado com movimentos artísticos de seus dias, como a nova figuração e o surrealismo”, afirma Mario. O artista, radicado em Santos -e que viveu boa parte de sua vida entre a cidade litorânea e Marbella, na Espanha- participou de importantes exposições, como as 12ª e 15ª edições da Bienal de São Paulo, em 1973 e 1979, respectivamente.
Armando Sendin, Tarde de Ocio - 1995
Armando Sendin foi um importante pintor, ceramista e escultor brasileiro. Atuou também como professor e se dedicou intensamente aos estudos. Suas obras estão em importantes acervos brasileiros e internacionais. Sua obra em cerâmica também pode ser vista em São Vicente, na Biquinha de Anchieta, obra feita em parceria com seu irmão, o também artista Waldemar Sendin. Mas foi na pintura onde teve reconhecimento e êxito, como precursor do realismo impressionista, pós movimento dedicado à Pop Art. Suas obras se destacam pela precisão fotográfica, quase sempre associadas a figuras humanas em situações do cotidiano, como em A colheita, de 2000; La canción del mar, de 1994; Joie et chagrin, de 1995; Tarde de ócio, de 1995, entre outras que podem ser vistas na presente exposição.
Armando Sendin, Réussite - 1990
Além das já reconhecidas pinturas, estão obras menos conhecidas, da fase em que o artista se dedicou à cerâmica e algumas produções gráficas há muito tempo não vistas no circuito comercial. Entre as pinturas, destaca-se também Beaubourg IV (1985), tendo integrado a mostra André, 60 – Da Academia ao Virtual, grande retrospectiva comemorativa das seis décadas da Galeria André, hoje já com 63 anos de atuação. A relação com a galeria vem de longa data, com o artista tendo apresentado individuais em 1985, 1988 e em 1995.
Armando Sendin, Hacia la peña de los enamorados - 1997
Sobre o projeto Monográficas:
O projeto de exposições Monográficas traz artistas de reconhecido valor, mas que, em alguns casos, podem estar com visibilidade menos ostensiva dentro do circuito das artes. O projeto existe desde 2020, e já apresentou exposições dedicadas a artistas como Carlos Scliar, Enrico Bianco e Iracema Arditi, sempre com organização de Mario Gioia, crítico de arte e curador independente.
Sobre o artista Armando Sendin:
Nascido no Rio de Janeiro, em 1928, o artista dedicou boa parte de sua carreira aos estudos. Cursou a Escola de Belas Artes de Priego na Espanha (por volta de 1940); filosofia na Universidade de São Paulo (1945 a 1949); especialização em estética, com Bogumil Jasinowsky, na Universidade do Chile (1950); e, como bolsista do governo francês, estética na Sorbonne, com mestre Souriau (1950 a 1953). Durante suas viagens, trabalhou com Gensoli na Manufatura Nacional de Sevres, França, e desenvolveu pesquisas com o ceramista Zuloaga e técnicas de cerâmica de origem oriental com Guardiola e com Gonzalez-Marti, na Espanha. Entre 1954 e 1964, deu cursos de pintura, cerâmica, escultura e desenho em seu estúdio, em São Paulo. Já expôs seus trabalhos em inúmeros países do mundo todo. Em 1984 participou da mostra Tradição e Ruptura: Síntese de Arte e Cultura Brasileiras, na Fundação Bienal de São Paulo.
Além das já mencionadas individuais na Galeria de Arte André (em 1985, 1988 e 1995), fez individuais também em Paris, Espanha, Estados Unidos; e participou de mais de 60 coletivas no Brasil e no mundo. Tem obras em coleções de prestígio como no MAM-SP, no MASP, no Museu do Artista Brasileiro em Brasília, no Itamaraty, entre outros locais.
Sobre o curador Mario Gioia:
Curador independente e crítico de arte, é graduado pela ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo). Foi crítico convidado de 2013 a 2015 do Programa de Exposições do CCSP (Centro Cultural São Paulo) e fez, na mesma instituição, parte do grupo de críticos do Programa de Fotografia 2012. Em 2015, no CCSP, fez a curadoria de Ter Lugar para Ser, coletiva com 12 artistas sobre as relações entre arquitetura e artes visuais. Integrou o grupo de críticos do Paço das Artes desde 2011, instituição na qual fez o acompanhamento crítico de Luz Vermelha (2015), de Fabio Flaks, Black Market (2012), de Paulo Almeida, e A Riscar (2011), de Daniela Seixas.
Em 2019, iniciou o projeto Perímetros no Adelina Instituto, em SP, dedicado a artistas ainda sem mostras individuais na cidade, que contou com exposições de João Trevisan (DF), Lara Viana (BA), Claudia Hamerski (RS), Dirnei Prates (RS) e Larissa Camnev (Campinas, SP). Na feira ArtLima 2017 (Peru), assinou a curadoria da seção especial CAP Brasil, intitulada Sul-Sur, e fez o texto crítico de Territórios forjados (Sketch Galería, 2016), em Bogotá (Colômbia). Em 2018, assinou a seção curatorial dedicada ao Brasil na feira Pinta (Miami, EUA). É colaborador de periódicos de artes como Arte al Día. Na Galeria de Arte André, fez as curadorias de Carlos Scliar – Monográficas 1 (2020), André, 60 – Da Academia ao virtual (2019), Entre Artes e Ofícios, Centros e Arrabaldes (2019) e Cotidiano (2012).
Sobre a Galeria de Arte André:
Fundada em 1959 pelo romeno André Blau, a Galeria de Arte André é uma referência no mercado de arte brasileira. Com 63 anos de atuação, é considerada a maior galeria de arte da América Latina. Atualmente dirigida por Juliana Blau, a casa ajudou a forjar o mercado de arte no Brasil e passou por diversos endereços até se consolidar na Rua Estados Unidos, entre a Avenida Rebouças e a Alameda Gabriel Monteiro da Silva.
Conhecida pelo seu acervo de esculturas e obras de artistas como Aldemir Martins, Alfredo Volpi, Bruno Giorgi, Carlos Araujo, Carlos Scliar, Cícero Dias, Clóvis Graciano, Di Cavalcanti, Frans Krajcberg, Guignard, Hector Carybé, Manabu Mabe, Orlando Teruz, Roberto Burle Marx, Sonia Ebling e Tomie Ohtake, entre muitos outros, a casa oferece ao público exposições periódicas e projetos educacionais e culturais.
Em 2021, criou o projeto Multimuro, com curadoria de Ana Carolina Ralston, com obras de arte públicas expostas numa das fachadas da Galeria, um grande muro localizado em frente à Avenida Rebouças. Já expuseram os artistas Verena Smit (com a obra Tudo Vai Pulsar) e Filipe Grimaldi (Coragem). As obras são transpostas para uma tiragem de 50 gravuras numeradas e assinadas, disponíveis na loja on-line da galeria.
Atualmente a galeria também dispõe de uma loja virtual com obras de arte a preços acessíveis no link www.galeriandre.com.br/loja-virtual/. Também mantém um blog com notícias e análises do mundo da arte, em www.galeriandre.com.br/blog.
A abertura da exposição "Monográficas 4 – Armando Sendin" com organização de Mario Gioia será no dia 30 de agosto, terça-feira, às 19h e ficará disponivel até 24 de setembro de 2022.
Acesse nosso catálogo digital aqui:
Galeria de Arte André
Horário de funcionamento:
De segunda a sexta, das 9h às 19h / Sábados das 10h às 14h
Rua Estados Unidos, 2.280
Jardim Paulistano, 01427-002 – São Paulo – SP
(11) 3081-9697 / 3081-3972 / 3063-0427
Site: www.galeriandre.com.br
Instagram: @galeria_andre
Facebook: www.facebook.com/page.galeria.andre
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