Multiplicidade de Sendin protagoniza quarta edição do projeto Monográficas
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A série de exposições Monográficas chega à quarta edição na Galeria de Arte André trazendo uma renovada perspectiva sobre a fragmentada e múltipla obra de Armando Sendin (1928-2020). O projeto tem o objetivo de exibir com mais fôlego a obra de artistas de reconhecido valor (e que, por vezes, estão com visibilidade menos ostensiva dentro do circuito) que se relacionam com a própria história da galeria, já com 63 anos de atividade na cidade de São Paulo. As mostras anteriores do programa foram de Carlos Scliar (1920-2001), Enrico Bianco (1918-2013) e Iracema Arditi (1924-2006). A organização é de Mario Gioia, crítico de arte e curador independente.
Armando Sendin, El juego - 1994
Sendin estrelou diversas individuais no espaço, além de participar de coletivas na trajetória extensa da André. O recorte de hoje conta com cerca de 30 obras, além de documentação acerca da trajetória do artista. Já em 1979, quando o artista hispano-brasileiro participou da 15ª Bienal de São Paulo, apresentando telas como O Enigma da Ausência e O Enigma da Indeterminação, a galeria produziu um folder sobre a produção, edição que será exibida atualmente. A mostra será aberta no final de agosto e seguirá até o mês seguinte.
Armando Sendin, Cielo sin dueño - 1991
“A incorporação de Armando Sendin na pintura dos anos 1960, depois de um extenso período de trabalho e experimentação no mundo da cerâmica, coincide com um dos momentos mais renovadores do panorama artístico internacional do passado século 20”, escreve o crítico de arte e poeta Antonio Abad em A Gênese do Instante, monografia publicada sobre o artista em 2002. “O passado e o presente raivoso fundidos em uma admirável conjunção, em uma sorte de feliz achado em que convergem o sonho e a realidade, o abstrato e o concreto, a memória e a falta de sentido, que é na verdade a própria natureza do homem.”
Armando Sendin, Contemplacion - 1997
Armando Sendin, Seduction - 2002
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