Arte essencial

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Após pesquisa da edição dominical do jornal The Straits Times, o principal periódico de Cingapura, indicar que a profissão menos essencial durante a pandemia de Covid-29 é a de artista (71%, dois acima de atendente de telemarketing), diversos nomes do circuito cultural do país asiático se manifestaram, via redes sociais, questionando os resultados de tal levantamento. A reação viralizou e houve debates sobre o assunto estimulados por usuários de outros países.

 

 

Sunday Times de 14 de junho publicou que a base de entrevistados foi de mil pessoas. Entre as funções mais vitais no período, por outro lado, lideraram profissional de saúde (médico ou enfermeiro, com 86%), profissional da limpeza (78%) e lixeiro (77%).

O comediante Rish Budhrani ironizou a pesquisa, perguntando se o público, nesse período, poderia: “1) deletar a Netflix; 2) cancelar o Spotify; 3) vender todas suas TVs; 4) parar de mostrar o Ipad para ocupar as crianças; 5) parar de ouvir música em seus tempos de trabalho e descanso; 6) parar de assistir a filmes e vídeos no YouTube”.

Para incrementar o debate, ficam algumas perguntas: o porquê de nesses dias da quarentena e isolamento social, nunca foi tão grande o acesso a plataformas de visitas virtuais a museus e instituições diversas; nunca houve tantos eventos ao vivo transmitidos pela web, como as lives de artistas de variadas áreas; e como os serviços de streaming angariaram um público cada vez maior.

De qualquer forma é muito importante que a sociedade discuta e busque formular opiniões bem embasadas sobre a arte nos tempos atuais. Esperamos que o episódio não acabe sendo apenas mais uma polêmica "do último minuto" como tantas outras que causam mais segregação e disseminação de ódio do que transformações estruturais na sociedade.

 

 

 

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