Sonia Ebling - Pequenos formatos
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Aclamada por críticos de arte no Brasil e na Europa, Sonia Ebling está na lista das maiores artistas plásticas brasileiras. Fiel à sua forma singular, é uma modernista na essência, de acordo com o crítico Antônio Bento (1967) “Pelo rigor das composições e pelo sopro criador que as anima, as esculturas de Sônia Ebling são das melhores obras realmente modernas feitas hoje no país”, diz Bento.
Exposição Coletiva 7 Artistes Brésiliens de L'Ecole de Paris, na Galerie du XX Siècle, 1963 - Paris (França)
Foi adepta de diversos materiais - bronze, pedra, cimento e cerâmica. Sendo mais fiel ao bronze na sua técnica preferida de fundição em "cera perdida", “Só quem conhece a fundo a técnica de uma “cera perdida” poderá apreciar-lhe o valor. Nela trabalham operários diferentes, desde o gesso até a bronze acabado. Daí o seu alto custo. A matéria prima em si, conta muito pouco…”, afirmou Sonia Ebling.
A mulher é sem dúvida a temática essencial de sua obra. O corpo feminino nú em uma estética não erotizada, com vigor físico, sem rosto, sempre em movimento. Para o crítico Jacob Klintowitz sua obra se destina a eternidade, "A sua escultura remete a questões essenciais e grandiosas. Vejam estas grandes mulheres - assunto recorrente - plácidas, opulentas, dobradas sobre si mesmas, como uma onda do mar congelada no ar. Deusas da fertilidade. Mãe da espécie. O destino da ação de Sonia Ebling é a permanência. A natureza da criação artística." diz Klintowitz.
Nomes como Celeste, Mariana, Silvia, Patrícia, Ana, Rosália, Eleonora, Alberta, Marcela e Juliana dão título às obras. “Os gestos, as silhuetas e as formas, são solidárias na criação de um clima estético em que a elegância feminina concorda em ser fundamental.”, diz Flávio de Aquino, crítico de arte. A pomba que aparece acompanhando muitas de suas mulheres é uma homenagem ao marido.
Ao longo de sua trajetória Sonia Ebling produziu os mais diversos formatos esculturas monumentais de mais de 2 metros, até esculturas de pequenos formatos de 20 cm. A Galeria de Arte André apresenta uma série de 13 esculturas em pequenos formatos produzidas entre as décadas de 80 e 90, em bronze na sua temática mais tradicional, o feminino.
Celeste, déc. 70/80, bronze, 27 x 15 x 10 cm
Lilli, déc. 70/80, bronze, 15 x 22 x 8 cm
Mariana, déc. 70/80, bronze, 20 x 15 x 10 cm
Alma Lubrica, déc. 70/80, 18 x 48 x 16 cm
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