MAC-USP expõe raros desenhos de Di Cavalcanti
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O MAC-USP exibe até 18 de outubro de 2026 um relevante conjunto de 115 desenhos de Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976). Em Di Cavalcanti – Militante, Boêmio, Brasileiro, os curadores Helouise Costa e Marcelo Bortoloto extraem da importante obra gráfica pertencente ao museu um recorte que traz variadas questões acerca da complexa produção do modernista. Além dele, são apresentados trabalhos de nomes como como André Lhote (1885-1962), Anita Malfatti (1889-1964), Cândido Portinari (1903-1962), Ivan Serpa (1923-1973), Alfredo Volpi (1896-1988) e Noêmia Mourão (1912-1992), entre outros.

Emiliano Di Cavalcanti, Sem Título, 1931 - grafite sobre papel
Di Cavalcanti sempre teve pinturas no acervo da Galeria de Arte André desde os primevos anos do espaço, no final dos anos 1950. No texto Galeria de Arte André: Crescendo com a cidade, a crítica de arte Maria Alice Milliet lembra no livro de 60 anos da galeria a proximidade do artista naqueles anos. “Era raro encontrar obras da primeira geração modernista, exceto as de Di Cavalcanti, que morava perto [da avenida Vieira de Carvalho] e aparecia para oferecer seus quadros”, escreve ela.

Emiliano Di Cavalcanti, Sem Título, 1941 - guache e grafite sobre papel
O Museu de Arte Contemporânea da USP possui no total 561 desenhos de Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976). A curadoria de Costa e Bortoloti observa que, embora mais conhecido como pintor, “Di Cavalcanti iniciou-se na arte por meio do desenho e fez dele um espaço de liberdade temática e estilística, de diálogo com outros artistas e rica experimentação”. Em uma projeção audiovisual, todos os 561 desenhos são mostrados. Além dos desenhos pertencentes ao MAC, são expostas obras vindas do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB-USP), Museu de Arte Brasileira (FAAP), Biblioteca Mário de Andrade, Pinacoteca de São Paulo e coleções particulares.

Emiliano Di Cavalcanti, Lima Barreto, 1952 - nanquim e grafite sobre papel
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