Corpo, morada e arte marcam espaços da Casa Cor 2023
A 36ª edição da Casa Cor São Paulo segue em exibição no icônico Conjunto Nacional celebrando o duo corpo e morada, eixo do evento, mas também com muito realce sobre as obras de arte, abundantes por todos os 73 ambientes. Em cartaz até 6 de agosto, repete o êxito de visitas do público e do meio ao se situar no mesmo local do ano passado, no complexo de linhas modernistas encravado nas esquinas da avenida Paulista, rua Augusta e alameda Santos.
Novamente o arquiteto Carlos Navero selecionou tridimensional de Sonia Menna Barreto para enriquecer o seu ambiente. O espaço se vale da proximidade da escada que liga os dois andares da mostra e tem na escultura de Sonia, representada pela Galeria de Arte André, um dos seus highlights. Na edição passada, Navero já havia sido muito elogiado pela sua Galeria Pirajuí, com trabalhos de Menna Barreto, Luiz Martins, Yohana Oizumi e Isabelle Lescure, entre outros, escolhidos por Roberto Bertani.
Levitação_ Sônia Menna Barreto
Já Lara Matana exibe uma de suas peças da série Sadhana, uma escultura de madeira, no ambiente de Paulo Azevedo, intitulado Speakeasy. Destacando a cor ciano, o espaço tem uma atmosfera de bar secreto e, assim, a peça feita no ateliê de Valinhos ganha ainda mais realce. Lara também é representada pela André.
“Quando falamos do planeta como morada, temos o conceito do corpo-natureza, que está muito vivo e presente em toda a Casa Cor”, afirma Livia Pedreira, que assina a curadoria ao lado de Cris Ferraz e Pedro Santana.
Há outros bons momentos de arte, design, arquitetura e paisagismo na exposição. O ambiente de Paola Ribeiro é um dos melhores, conjugando com elegância materiais sóbrios e obras de nomes como Maria Lynch e Edu Silva. O Loft Solitude, de Erica Salguero, também brilha, e a ampla tapeçaria de Norberto Nicola (1931-2007) é um dos trunfos do espaço. Na Casa Kraftizen Cosentino, o projeto do Suíte Arquitetos é bem realizado, com cores amenas e algumas obras de arte mais silenciosas porém não menos especiais, como as de Natasha Bernardo.
Ambiente de Erica Salguero, com tapecaria de Norberto Nicola (à direita)
Escultura de Natasha Bernardo
Também merecem ser citados o ambiente desenhado pelo jovem Rodolpho Schier, algo singular entre o arcaico e o novidadeiro, e Banho de Floresta, incrível jardim ‘imersivo’ com espécies da Mata Atlântica e projeto de autoria de Alessandra Caiado e Ricardo Cardim, pontuados com móveis de Paulo Alves.
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