Coletiva no MAM-SP destaca abstração de Mabe e Fukushima
Coletiva no MAM-SP destaca abstração de Mabe e Fukushima
A abstração passa por um momento de alto prestígio no circuito institucional de São Paulo. Segue até 28 de maio a coletiva Diálogos com Cor e Luz, na sala Paulo Figueiredo do MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo). Com curadoria de Cauê Alves e Fábio Magalhães, o recorte apresenta obras pertencentes ao acervo do museu de 23 artistas de variadas gerações, como Volpi (1896-1988), Mira Schendel (1919-1988), Arthur Luiz Piza (1928-2017), Almir Mavignier (1925-2018), Wega Nery (1912-2007), Paulo Pasta, Marco Giannotti e Sergio Sister, entre outros.
A mostra fica em cartaz em consonância com a do principal espaço expositivo do MAM, dedicada a Arcangelo Ianelli (1922-2009), um dos grandes nomes do abstracionismo no país, mas não só. Com curadoria de Denise Mattar, Ianelli 100 Anos – O Artista Essencial exibe mais de cem obras do artista paulistano, perpassando as principais fases da carreira dele.
Um dos destaques da exposição na Paulo Figueiredo é a forte presença dos artistas nipo-brasileiros. Manabu Mabe (1924-1997) e Tomie Ohtake (1913-2015) possuem trabalhos de peso presentes em Diálogos com Cor e Luz. Tomie tem apresentadas, entre outras, Obra C (1979), um óleo sobre tela Prêmio Panorama naquele ano, e Sem título (1989), acrílica sobre tela num azul profundo, doada pela própria artista. Já Mabe ganha uma especial parede pela curadoria, entre as quais tela sem título, da década de 1970, e Sem título (1968) se destacam. Também elogiável é Takashi Fukushima, que, com Lindera Triloba (1976), Prêmio Estímulo do Panorama naquele ano, explora outras vertentes do estilo.
À esquerda, obras de Tomie Ohtake. Créditos: Estúdio em Obra.
À esquerda, obras de Manabu Mabe. E à direita, obra de Takashi Fukushima. Créditos: Estúdio em Obra.
Mabe, Tomie e Fukushima estiveram em variadas coletivas e individuais na Galeria de Arte André, durante os mais de 60 anos de atividade do espaço. Em ocasião mais recente, no ano de 2022, a coletiva Abstração em Fricção, com curadoria de Mario Gioia, teve selecionadas obras relevantes da carreira de Mabe e Fukushima – este, filho de Tikashi, indubitavelmente um dos maiores nomes do movimento no Brasil. Ianelli também teve peças realçadas na seleção do curador nessa exposição.
Manabu Mabe, em Abstração em Fricção, na Galeria de Arte André.
Manabu Mabe, em Abstração em Fricção, na Galeria de Arte André.
Fotos
Compartilhe