A força feminina do tridimensional de Ebling

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A partir de iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas), todo 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Em alguns países, o mês de março é dedicado à luta feminina e, assim, é marcado um período mais destacado para a questão.

A Galeria de Arte André sempre teve artistas mulheres em realce no elenco e nas suas exposições. Uma das principais é Sonia Ebling (1918-2006), que justamente terá uma mostra de prestígio programada para este ano, com abertura em maio.

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Sonia Ebling, Silvia

 

Ebling representa a força da presença feminina na arte nacional e, em especial, no tridimensional, além de atualmente não estar com visibilidade adequada à robustez de sua obra, presente em edições de Bienais, coleções nacionais e do exterior e em espaços públicos de prestígio, como o Itamaraty, em Brasília.

A galeria organizará uma mostra de fôlego sobre a artista, com material raro ou pouco exibido, entre esculturas e relevos. Serão exibidos mais de 50 trabalhos. A curadoria é de Mario Gioia. E se inscreve no escopo do projeto Monográficas. A quinta edição do programa, assim como os recortes anteriores, tem o objetivo de exibir com mais fôlego a obra de artistas de reconhecido valor (e que, por vezes, estão com visibilidade menos ostensiva dentro do circuito) que se relacionam com a própria história da galeria, já com 63 anos de atividade na cidade de São Paulo. Carlos Scliar (1920-2001), Enrico Bianco (1918-2013), Iracema Arditi (1924-2006), Armando Sendin (1928-2020) e José Moraes (1921-2003) protagonizaram as exposições do projeto.

 

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Sonia Ebling, Juliana - Déc. 80

 

Gaúcha, Ebling se radicou no Rio de Janeiro e, por conta de premiações e oportunidades de desenvolvimento artístico, viveu no exterior; em especial, em Paris, de 1959 a 1968, onde se conectou a artistas brasileiros que viviam por lá, como Sergio Camargo (1930-1990), Arthur Luiz Piza (1928-2017) e Flávio Shiró. Foi resenhada por diversos nomes de peso da crítica e da arte brasileira, como Antonio Bento (1902-1988), Mario Pedrosa (1900-1981) e Jayme Mauricio (1926-1997). “De uma agressividade desconcertante e implacável, Sonia Ebling leva a rudeza de seu trabalho até o paroxismo da expressão. Este poder fascinante de choque imediato dá à sua obra uma sorte de unidade simples, que a torna compreensível mesmo aos que não vivem a aventura da arte, em toda a sua hipersensibilidade e sua hipercomplexidade”, escreveu, em 1959, Maria Martins (1894-1973), um dos mais importantes nomes do tridimensional no Brasil.

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Galeria de Arte André
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