Djanira da Motta e Silva (Avaré SP 1914 - Rio de Janeiro RJ 1979). Pintora, desenhista, ilustradora, cartazista, cenógrafa e gravadora. No final da década de 1930, passa a morar no Rio de Janeiro, onde tem suas primeiras instruções de arte em curso noturno de desenho no Liceu de Artes Ofícios e com o pintor Emeric Marcier (1916 - 1990), hóspede da pensão que Djanira instala no bairro de Santa Teresa. Os contatos com os artistas Carlos Scliar (1920 - 2001), Milton Dacosta (1915 - 1988), Arpad Szenes (1897 - 1985), Vieira da Silva (1908 - 1992) e Jean-Pierre Chabloz (1910 - 1984), freqüentadores de sua pensão, proporcionam um ambiente estimulador que a leva a expor no 48º Salão Nacional de Belas Artes, em 1942. No ano seguinte, realiza sua primeira mostra individual, na Associação Brasileira de Imprensa - ABI. Em 1945, viaja para Nova York, onde conhece a obra de Pieter Bruegel (ca.1525 - 1569) e entra em contato com Fernand Léger (1881 - 1955), Joán Miró (1893 - 1983) e Marc Chagall (1887 - 1985). De volta ao Brasil, realiza o mural Candomblé para a residência do escritor Jorge Amado (1912 - 2001), em Salvador, e painel para o Liceu Municipal de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Entre 1953 e 1954, viaja a estudo para a União Soviética. De volta ao Rio de Janeiro, torna-se uma das líderes do movimento pelo Salão Preto e Branco, um protesto de artistas contra os altos preços do material para pintura. Realiza em 1963, o painel de azulejos Santa Bárbara, para a capela do túnel Santa Bárbara, Laranjeiras, Rio de Janeiro. No ano de 1966, a editora Cultrix publica um álbum com poemas e serigrafias de sua autoria. Em 1977, o Museu Nacional de Belas Artes - MNBA, realiza uma grande retrospectiva de sua obra.
Fonte Itaú Cultural